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SOCIAL SELLING: O QUE É E COMO USAR?

Social selling: o que é, como funciona e como aplicar essa estratégia de forma prática no B2B para gerar leads com contexto e conversa.

Thiago Avelino

2 de jun. de 2025

Social selling tem sido um dos termos mais buscados por profissionais de vendas nos últimos anos. Mas, apesar da popularidade, ainda é um conceito mal compreendido — muita gente acha que se trata apenas de “postar conteúdo no LinkedIn” ou “fazer networking digital”. Só que o impacto real dessa estratégia vai bem além disso.

Na prática, social selling é o uso intencional das redes sociais para gerar conversa comercial. É quando sua presença digital trabalha a seu favor, criando familiaridade com o lead antes da abordagem, abrindo espaço para troca de valor e encurtando a distância até a reunião. Não é substituto de outbound nem de inbound. É peça complementar que, quando bem usada, destrava resposta e engajamento em qualquer operação B2B.

Hoje, com mais de 80% dos decisores de compra ativos no LinkedIn e outras plataformas, não usar essas redes como ponto de contato comercial é desperdiçar oportunidade. Mas atenção: presença sem intenção não adianta. É preciso saber como transformar visibilidade em conversa, e é aí que o social selling vira ativo de aquisição.

Neste conteúdo, vamos explicar de forma direta o que é social selling, como ele se diferencia de outras estratégias e como colocar isso em prática no dia a dia de SDRs, fundadores e times de growth. Tudo com foco em gerar leads com contexto, criando relacionamentos antes de propor qualquer coisa.

Se você já percebeu que a maioria dos leads ignora mensagens frias e quer encontrar formas mais humanas (e funcionais) de abrir portas, este guia é seu ponto de partida.

O que é social selling e por que todo time comercial precisa entender isso

Social selling é o uso estratégico das redes sociais para construir relacionamento com potenciais clientes antes mesmo de uma abordagem direta. Mas diferente do que muita gente imagina, ele não depende só de publicar conteúdo. Vai além da vitrine. Envolve presença ativa, interação com inteligência e a construção de um território digital que torne a sua abordagem comercial mais bem recebida.

Na prática, isso significa estar onde seu ICP está, entender o que ele valoriza, participar de conversas relevantes e posicionar sua marca pessoal de forma que gere familiaridade antes de qualquer pitch. É o oposto da venda invasiva. Você não força a entrada. Você constrói espaço para ser bem recebido.

Um erro comum é confundir social selling com marketing de conteúdo. Enquanto o marketing trabalha alcance e autoridade em larga escala, o social selling se apoia na troca individual. É o SDR que comenta com intenção em posts do decisor. É o founder que responde um story com contexto. É o líder de vendas que publica uma análise do mercado e gera uma discussão com quem ele quer vender mais tarde.

Outro ponto importante é que social selling não é branding pessoal genérico. Não adianta postar frases prontas sobre “resiliência em vendas” se o objetivo é gerar leads qualificados. O que funciona é conteúdo que conversa com a dor do ICP, interação que mostra escuta ativa e movimentação constante em torno dos temas certos.

Quando bem feito, o social selling não só melhora a taxa de resposta, como também encurta o ciclo de vendas. Porque o lead já te viu, já entendeu que você entende do assunto e já teve algum tipo de interação antes da sua abordagem formal. Isso reduz atrito, aumenta o interesse e cria uma base de confiança que dificilmente se constrói por cold email ou call.

Sendo assim, social selling é sobre gerar conversa com contexto. E todo time comercial que quer prospectar com menos rejeição e mais abertura precisa entender como essa estratégia funciona — e como aplicá-la de forma sistemática no dia a dia.

Onde o social selling acontece na prática (e onde as pessoas erram)

Na prática, o social selling B2B vive, em sua maioria, no LinkedIn. É ali que os decisores estão, é ali que os times comerciais se movimentam, e é dali que saem muitos dos leads mais qualificados para empresas que vendem soluções mais complexas, com ticket médio mais alto e ciclo consultivo.

Mas estar presente não é suficiente. O que define se sua operação de social selling vai funcionar ou não é a intenção por trás das ações e a frequência com que elas são feitas com consistência e critério.

Veja onde ele realmente acontece:

  • No feed, quando você comenta de forma útil e genuína em posts de pessoas estratégicas.

  • No seu perfil, quando você publica conteúdo que conecta com dores do seu ICP e convida à conversa.

  • Na área de conexões, quando você manda pedidos com copy pensada, não template colado.

  • Nas DMs, quando você inicia conversas a partir de um sinal concreto (post, mudança de cargo, comentário mútuo).

E também acontece quando você ouve mais do que fala, responde com algo útil em vez de já mandar um pitch, e segue nutrindo a relação mesmo que o lead não converta na hora. É relacionamento com método, e não vitrine com ego.

Agora, onde a maioria erra?

  1. Postar sem intenção comercial. Falar de tudo e de nada, sem pensar em quem você quer atrair, faz seu conteúdo se diluir. Curtidas não sustentam pipeline.

  2. Usar LinkedIn como panfleto. Ficar só repostando institucional ou mandando “vamos conversar sem compromisso?” em massa só queima o canal.

  3. Tratar comentário como “tarefa”. Comentar por obrigação, com frases vazias como “excelente ponto”, sem gerar valor real, não posiciona ninguém.

  4. Falta de frequência. Social selling não funciona com ações soltas. A construção é composta: o que você posta, comenta e envia hoje impacta a resposta de amanhã.

O que diferencia quem tem resultado de quem só tenta “usar LinkedIn” é o conjunto de ações bem posicionadas, feitas com cadência e com mensagem que o lead reconhece como útil. E isso exige mais critério do que carisma. Mais leitura de contexto do que criatividade. E, claro, estratégia por trás de cada movimentação.

Como aplicar social selling no dia a dia da prospecção B2B

Na teoria, o social selling parece simples. Mas é no detalhe da execução que ele começa a gerar resultado de verdade. E, nesse ponto, não importa se você é founder, SDR, closer ou marketing: quem interage com o lead pode (e deve) usar o canal de forma estratégica.

A seguir, um roteiro de como aplicar social selling no dia a dia, mesmo com pouco tempo ou estrutura enxuta.

1. Comece pelo básico: seu perfil precisa trabalhar por você

Antes de qualquer mensagem, o lead vai olhar seu perfil. Se ele parece um currículo genérico ou está travado no “buscando novos desafios”, você perde autoridade. Ajuste os principais pontos:

  • Foto e banner que comuniquem profissionalismo (não precisa ser formal, mas precisa ter intenção)

  • Headline clara sobre o que você resolve e pra quem

  • Sobre direto ao ponto, com linguagem acessível e orientada a dor + solução

  • Destaques com casos, conteúdos, entrevistas ou ofertas como diagnóstico gratuito

2. Crie sinais consistentes com conteúdo

Você não precisa virar creator. Mas quem posta com frequência moderada, com temas úteis ao ICP, tende a gerar mais conversa e ser lembrado quando o lead estiver pronto.

Pense em formatos simples:

  • Post de opinião sobre um tema em alta no seu mercado

  • Print comentado de um insight de call

  • Mini-estudo com 3 aprendizados de uma ação de growth

  • Conteúdo que puxa pergunta e convida à interação no final

3. Comente com intenção, não com obrigação

Se seu ICP posta, apareça com contexto. Adicione algo, complemente, provoque reflexão. Comentários são terreno fértil para criar conexão e virar DM depois. Só não caia no hábito de “marcar presença” sem construir relevância.

4. Envie conexões com copy pensada

Em vez de “gostaria de me conectar”, que tal:

“Vi seu post sobre X e achei interessante o ponto sobre Y. Trabalho com empresas parecidas e acho que a gente poderia trocar ideia em algum momento. Bora se conectar?”

Pequenos ajustes geram aceitação maior e já preparam o terreno pra conversas futuras.

5. Use as DMs com critério

A regra aqui é: antes de pedir, entregue. Puxe papo sobre um post, envie um insight rápido, compartilhe algo útil ao lead. Depois disso, fica mais fácil abrir espaço pra um convite leve. Exemplo:

“Vi que vocês estão com foco em expansão via outbound. Se fizer sentido, posso te mandar um mapeamento rápido com 3 pontos que podem destravar resposta nos primeiros toques.”

6. Organize sua rotina social

Reserve 15 a 30 minutos por dia pra:

  • Comentar em postagens de perfis estratégicos

  • Interagir com quem engajou no seu conteúdo

  • Enviar 5 a 10 conexões direcionadas com copy personalizada

  • Responder mensagens e abrir novas conversas a partir de sinais públicos

Não precisa ser um robô. Precisa ser constante.

No fim, social selling que gera leads é menos sobre produzir e mais sobre interagir com propósito. É isso que posiciona, aquece e abre espaço pra sua cadência performar melhor nos canais seguintes.

Social selling e cadência outbound: como essas estratégias se conectam

Pensa em um lead que acabou de receber seu e-mail frio. O nome da empresa é novo pra ele. O seu também. A chance de engajamento, nesse cenário, é baixa. Agora imagina esse mesmo lead tendo visto você ontem no LinkedIn, comentando com consistência em postagens relevantes do setor, ou até compartilhando um conteúdo que ele curtiu. 

A percepção muda.

É exatamente aí que o social selling entra como peça complementar à cadência outbound — não como um caminho alternativo, mas como parte da mesma trilha.

Enquanto a cadência organiza os toques, o social warming prepara o solo. Gera reconhecimento. Tira a frieza do contato. Você não é mais só uma conta de e-mail desconhecida. É alguém que circula no mesmo ambiente que ele. E isso influencia diretamente a taxa de resposta e o tempo até a reunião.

Acontece que, na pressa de automatizar tudo, muita gente ignora esse tipo de conexão. Manda e-mail antes de interagir, envia DM antes de contextualizar, liga antes de o lead sequer saber quem está falando. E o resultado, claro, é resistência.

Quando as duas frentes andam juntas, a lógica muda. Você não força a entrada. Você é reconhecido antes de entrar. A mensagem não soa genérica. Ela vem com nome, histórico, presença. A ligação não é fria. É só a continuação de uma conversa que já começou de outro jeito.

Pra times comerciais que querem usar bem esse recurso, o segredo está mais no ritmo do que no volume. É saber quando comentar, quando se conectar, quando puxar o follow-up — e fazer isso de forma natural, sem parecer automatizado ou desesperado.

Na TRA, a gente estrutura isso dentro da cadência. Não como um “extra”, mas como parte do plano. Porque no fim das contas, é muito mais fácil gerar oportunidade quando o lead já te viu antes de te receber.

Vender sem conversar não funciona: o social selling é a ponte

No B2B de verdade, ninguém quer ser interrompido. Mas quase todo mundo está disposto a conversar, desde que faça sentido.

É aqui que o social selling mostra seu valor. Ele não é sobre postar todo dia, nem virar “influencer” da sua área. Estamos falando de usar os canais certos pra abrir espaço antes de pedir atenção. Criar ponto de contato antes do pitch. Deixar sua presença trabalhar a favor da sua abordagem.

E, nesse processo, não existe fórmula única. O que existe é intenção. Clareza sobre com quem você quer falar, o que pode entregar antes da venda e como se posicionar pra que, quando chegar o momento da conversa comercial, o lead já tenha alguma noção de quem você é.

É por isso que o social selling não substitui a cadência, ele potencializa. Torna a abordagem menos fria. Ajuda a converter outbound em relacionamento. E coloca seu nome em mais conversas que realmente podem virar negócio.

Se você quer estruturar isso com método, estratégia e escala, a TRA pode te ajudar. Da copy ao posicionamento, da rotina de social warming à orquestração da cadência — a gente monta com você o plano que vai além da mensagem automática e vira conversa de verdade.

Só chamar.

© 2025 TRA - Todos os direitos reservados

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