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Como usar o Make para automatizar cadências de outreach entre LinkedIn e e-mail

Cadência multicanal é lindo no papel. Porém, quando chega a hora de botar pra rodar… aí começa a confusão.

Thiago Lisboa

Mar 14, 2025

Como usar o Make para automatizar cadências de outreach entre LinkedIn e e-mail

Cadência multicanal é lindo no papel. Porém, quando chega a hora de botar pra rodar… aí começa a confusão.

Planilha pra um lado, e-mail manual pro outro, mensagem no LinkedIn esquecida, e o follow-up? Perdeu o timing. O lead virou só mais um nome na lista. E você jura que vai organizar isso “semana que vem”.

Se esse caos te parece familiar, o Make pode ser exatamente o que faltava pra colocar sua operação no eixo.

Hoje, vamos te mostrar como usar essa ferramenta incrível para criar uma cadência automatizada entre LinkedIn e e-mail. Os dois dos canais mais valiosos no outreach B2B. 

Sem precisar programar, sem depender de CRM complexo, e sem correr o risco de parecer um robô.

A ideia aqui não é te dar um tutorial técnico engessado, mas sim te ajudar a entender, na prática, como usar o Make pra criar um fluxo inteligente: com lógica, timing e personalização.

Se você já usa o Make e quer melhorar seu processo, ótimo. Se ainda não conhece, melhor ainda — você vai sair daqui pronto pra montar seu primeiro fluxo e nunca mais perder uma oportunidade por falta de organização. Vamos nessa?

O que é o Make e por que ele se tornou essencial no outreach técnico

É uma daquelas ferramentas que parecem complicadas à primeira vista, mas depois que você entende a lógica, fica difícil viver sem.

Fonte: Make

Na prática, ele funciona como um orquestrador de processos. Você conecta diferentes ferramentas (como e-mail, LinkedIn, Google Sheets, CRMs, plataformas de automação de mensagens) e define o que deve acontecer, quando e com base em que condição. É tipo montar uma linha de montagem para sua cadência comercial, só que com menos gambiarra.

Ao contrário do Zapier, que trabalha bem em fluxos mais lineares, o Make permite criar ramificações. Dá pra usar lógica condicional, atrasos personalizados entre etapas, integrações com APIs e, o mais importante: visualizar tudo isso de forma visual. Você literalmente vê o fluxo acontecendo.

É isso que faz o Make ser tão usado por SDRs, times de Growth e agências especializadas. Ele permite escalar cadências complexas sem depender de desenvolvedores, planilhas malucas ou ferramentas engessadas. E como o foco está em prospecção B2B com múltiplos canais, o Make se encaixa muito bem nesse quebra-cabeça.

Dá pra criar cadências como:

  • Lead aceitou conexão no LinkedIn → espera 1 dia → envia e-mail personalizado

  • Lead não respondeu ao e-mail → espera 2 dias → envia follow-up no LinkedIn

  • Lead clicou no link da proposta → envia notificação pro time comercial


Você define o caminho. O Make executa. E o time foca no que realmente importa: responder os leads certos, no momento certo.

Montando uma cadência entre LinkedIn e e-mail com Make

Agora que você já entendeu o que o Make faz, chegou a hora de ver como colocar uma cadência para funcionar. E sim, dá pra começar com um fluxo simples, que já resolve boa parte do caos operacional que muita gente ainda enfrenta no outreach.

Aqui, o foco é criar uma sequência automatizada entre dois canais que funcionam muito bem no B2B: LinkedIn e e-mail. O objetivo é não depender de lembrete manual ou de planilha para saber quem já foi abordado, por onde, e qual o próximo passo.

Pré-requisitos: ferramentas, contas e integrações

Antes de montar o fluxo, você vai precisar de três coisas básicas:

  1. Conta no Make (gratuita já dá conta pra começar).

  2. Acesso a uma conta de e-mail (como Gmail ou Outlook, integrável via API) e a uma ferramenta de envio como Instantly ou Lemlist se quiser personalizar em escala.

  3. Alguma ferramenta que permita a captura ou automação de ações no LinkedIn, como o Phantombuster ou LinkedIn Helper.


Além disso, é importante organizar uma base com os leads que vão entrar no fluxo. Pode ser uma planilha do Google, uma tabela no Airtable ou uma ferramenta de enriquecimento como o Clay. O Make vai buscar as informações de lá e seguir as instruções que você configurar.

Organizando os dados de leads para alimentar o fluxo

Sem uma base limpa, a automação vira um risco. O ideal é ter uma planilha com, no mínimo: nome, empresa, e-mail, link do LinkedIn e status (ex: conectado, respondeu, não respondeu, etc.).

Essa estrutura serve como ponto de partida para o Make entender onde o lead está e o que deve acontecer com ele. Por exemplo: se a célula “conectado no LinkedIn” estiver marcada como “sim”, o fluxo pode pular direto para o e-mail. Se estiver como “não”, o primeiro passo pode ser uma conexão automatizada via LinkedIn.

Você também pode usar colunas auxiliares para personalizar o conteúdo das mensagens: setor, tamanho da empresa, último cargo, tempo na função, etc.

Quanto mais organizado estiver esse banco, mais inteligente (e menos genérica) será sua cadência.

Exemplo de automação com lógica condicional (LinkedIn → E-mail → Follow-up)

Vamos imaginar um fluxo simples, mas funcional:

  1. O lead entra na planilha e o Make identifica que ele ainda não está conectado no LinkedIn.

  2. Ele dispara uma conexão via LinkedIn (usando o Phantombuster).

  3. Após 48h, se a conexão foi aceita, o Make envia uma mensagem direta no LinkedIn.

  4. Se o lead não responder em 3 dias, o Make envia um e-mail com um follow-up complementar.

  5. Se o e-mail for aberto e clicado, ele sai do fluxo ou é sinalizado para ação manual.


Esse tipo de lógica é fácil de montar com os módulos do Make. Você define condições tipo “se isso acontecer, então faça aquilo”. Pode adicionar delays, filtros e até pontuar o lead conforme ele interage. Tudo sem precisar mexer em código.

Controle de tempo entre os toques e personalização dos envios

Um dos pontos mais sensíveis da cadência é o timing. E é aqui que muita gente escorrega. Falar com o lead no momento errado, por canais repetidos ou com mensagens coladas uma na outra derruba qualquer chance de resposta.

No Make, dá pra programar espaços de tempo entre uma etapa e outra. Pode ser 1 dia, 3 dias, ou até um horário específico — tipo "só envie o e-mail depois das 10h da manhã". Dá pra usar variáveis de tempo, condições baseadas em dias úteis e até regras como "pular se for sábado".

A personalização também é feita direto no módulo de envio. Você puxa os campos da planilha e insere no corpo da mensagem: nome, empresa, cargo, dor específica, etc. O Make preenche isso automaticamente com os dados de cada lead.

Se quiser dar um passo além, dá pra integrar com o ChatGPT via API para gerar variações de mensagem com base no perfil do prospect. Mas, isso já é papo pra um conteúdo avançado.

O que monitorar e como otimizar sua cadência automatizada

Montar um fluxo bonito no Make é só metade do trabalho. O que vai definir o sucesso da sua automação de cadência é a capacidade de acompanhar o que está funcionando (e o que está travando) no dia a dia da operação.

É aqui que muita gente erra: configura um fluxo inteiro, conecta tudo bonitinho… e esquece de olhar os dados. Só vai perceber que o outreach B2B não está rodando bem quando já perdeu lead demais no caminho.

Indicadores mínimos de performance

Antes de sair disparando mensagem em massa, defina o que você quer monitorar. Para uma cadência automatizada entre LinkedIn e e-mail, os indicadores mais básicos são:

  • Taxa de aceitação de conexão no LinkedIn

  • Taxa de abertura e clique nos e-mails

  • Respostas recebidas por canal

  • Tempo médio entre primeiro toque e primeira resposta

  • Leads que não avançaram na cadência (abandono ou quebra)


Esses dados podem ser acompanhados direto nas ferramentas de envio (como Instantly ou Lemlist), ou organizados numa planilha conectada ao Make com as atualizações automáticas.

Não precisa começar com dashboard sofisticado. O mais importante é ter visibilidade real do que está acontecendo com cada lead na cadência multicanal.

Como detectar gargalos no fluxo

Se a automação está rodando, mas as respostas não estão vindo, tem algo fora do lugar. Pode ser a ordem dos canais, o intervalo entre os contatos, a própria mensagem ou até a segmentação da base.

A vantagem de usar o Make para automação de prospecção é que você consegue isolar partes do fluxo e rodar testes A/B por etapa. Dá pra testar, por exemplo:

  • Conexão no LinkedIn antes do e-mail vs. depois do e-mail

  • Follow-up 2 dias depois vs. 5 dias depois

  • Abordagem direta vs. abordagem com insight de mercado


Também vale ficar de olho nos pontos onde o fluxo quebra. Se muitos leads entram na automação e param na segunda etapa, pode ter problema de integração, falta de dado ou erro no filtro condicional.

Monitorar esses pontos permite ajustes rápidos antes que o fluxo comece a desperdiçar leads em escala.

Erros comuns no uso do Make para outreach

A flexibilidade da ferramenta é ótima, mas também exige atenção. Alguns erros comuns que aparecem nas primeiras automações:

  • Falta de delay entre etapas, o que pode gerar mensagens em sequência e parecer spam

  • Condições mal configuradas, que fazem o fluxo pular etapas ou travar em leads com dados incompletos

  • Mensagens genéricas demais, que até são disparadas, mas não engajam ninguém

  • Volume excessivo, sem considerar os limites do LinkedIn, do provedor de e-mail ou da conta no Make


Outro problema é confiar demais na automação e esquecer do acompanhamento humano. Mesmo com a cadência automatizada rodando, sempre vale revisar os leads que estão engajando, ajustar manualmente alguns fluxos e entrar com uma abordagem personalizada onde fizer sentido.

Automação bem feita é aquela que escala sem perder controle. O Make dá as ferramentas. A performance vem de quem acompanha o fluxo com atenção.

Checklist para testar e validar seu primeiro fluxo com Make

Um fluxo montado é uma coisa, ver ele rodando do jeito certo, sem falha no meio do caminho, é outra história. E antes de sair escalando o volume de leads, vale a pena rodar alguns testes simples para garantir que a automação de cadência está funcionando de forma segura, previsível e com rastreabilidade.

Esse checklist é justamente pra isso: te ajudar a validar se o que você criou está pronto pra rodar de verdade, sem queimar lead nem derrubar a entregabilidade da sua operação de outreach B2B.

Fluxo funcional, seguro e rastreável

O básico aqui é garantir que cada etapa do fluxo está funcionando como deveria — do início ao fim. Isso inclui:

  • As ferramentas estão conectadas corretamente?

  • Os dados estão sendo puxados direitinho da planilha, CRM ou banco de dados?

  • Os envios estão respeitando o delay configurado?

  • Se o lead responde, o fluxo pausa ou redireciona corretamente?

  • Os status estão sendo atualizados e armazenados para análise depois?


Além disso, vale sempre rodar um teste com você mesmo ou com alguém do time. Troque os dados do lead por seus próprios contatos e acompanhe o que chega, quando chega e como chega. Isso já resolve metade dos bugs antes deles chegarem na base real.

Boa prática: documentar o fluxo e criar variações

Muita gente começa a automação animado, mas depois não lembra mais o que fez. Ou pior: precisa fazer ajuste, mas ninguém sabe onde está o erro.

Documentar o fluxo resolve isso. Pode ser com prints da automação no Make, uma descrição simples no Notion ou até um esquema em slide. O importante é saber: o que esse fluxo faz, pra quem, em que ordem e com quais condições.

E depois que um fluxo está validado? Vale pensar em variações. Crie uma versão com outro canal, outra abordagem, outro tipo de lead. Isso permite testar abordagens sem bagunçar o que já está funcionando.

Fluxo documentado é fluxo que não depende da memória do time para ser mantido. E cadência com variação é cadência que aprende e melhora com o tempo.

Conclusão

Automatizar cadências entre LinkedIn e e-mail com o Make vai te fazer ganhar produtividade e, de bônus, ter um processo mais limpo, mais claro e mais eficiente — que não depende de lembrete manual nem de planilha desatualizada.

Quando bem implementado, esse tipo de fluxo tira o peso do operacional e coloca o time comercial onde ele precisa estar: conversando com os leads certos, no momento certo.

Se você ainda está no modo manual, este pode ser o empurrão que faltava para começar a escalar sua prospecção com controle. E se já começou a automatizar, mas sente que dá pra melhorar, vale usar esse conteúdo como referência para revisar, testar e evoluir sua estrutura.

Agora é com você. 

Comece simples, valide o fluxo e vá ajustando com base no que os dados e os leads estão te dizendo. A automação funciona. O segredo é fazer ela funcionar pra você, e não o contrário.

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